terça-feira, 19 de novembro de 2013

E a nossa boca se encheu de riso...




  Em um mundo que dá voltas e voltas, encontrar a felicidade torna-se a missão de todos nós.
Há momentos de lutas, tristezas, frustrações, decepções que todos passamos, cada um de nós lhe dá com isso de maneira multiforme. Quanto mais desajustados nossa caráter e personalidade, mais dificuldades teremos em obtermos sucesso e triunfar sobre eles. É nesse momento que geralmente que declinamos para as futilidades dessa vida.
  O mundo corre de um lado pro outro, buscando tesouros e coisas banais e esquece que nada disso irá garantir sua entrada no céu. O fato que o segredo do verdadeiro sucesso é: “Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça e as demais coisas vos serão acrescidas.” (Mt 6:33)
Na busca desenfreada desse mundo corremos em todo tempo por obter sucesso e a vida inteira nisso tem se desfeito, temos sonhado com as glórias do progresso e dado passos largos para trás. São valores invertidos, princípios quebrados onde o Ter é mais importante do que o ser.
  Parece-me que essa consciência só se forma em nós ao longo do tempo, quando começamos a perceber que estamos correndo atrás do vento, poucas vezes essa busca é movida por amor primordial. São as guerras e tormentas do dia-a-dia que praticamente vão nos empurrando pra essa busca. O que não deveria ser assim! Deveríamos nos achegar por prazer, amor, relacionamento sincero.Fica claro que o Senhor às vezes permite as quedas para que nossos joelhos toquem mais vezes o chão.
"Pensai nas coisas que são do alto, e não das que são dessa terra;" (Colossenses 3:2)
  É fato de que estávamos perdidos, afogados no lamaçal do pecado, destituídos da glória de Deus, separados de sua Presença, era nessa época que o império das trevas escravizava-nos e desintegrava acidamente os nossos sonhos e anseios. Os céus da desobediência operavam de maneira tenebrosa sobre mim e sobre você; tudo em nós eram trevas. Vivíamos desconsolados, com uma sensação insaciável de vazio.
  Misericórdia! Essa é a palavra que mais define a expressão do amor de Deus por nós. Foi através dela que  o Eterno derramou Graça sobre nós e nos chamou: filhos; foi essa que gerou em nós as primícias do Espirito que nos faz clamar Aba, pai! Foi o amor incondicional e sacrificial que operou e nos deu a oportunidade de viver a nova vida. Foi essa paternidade que nos abraçou, esse amor divino nos chamou de amigos; deu-nos direito a uma herança, nos selou com seu Espírito.
  O choro em nós cessou e então: A Nossa boca se Encheu de Riso e a nossa língua de cânticos (Salmos 126:2)... Isso sim nos faz pensar que Grandes coisas fez o Senhor por nós! Esse sim é o motivo de toda a alegria. As conquistas desse mundo passarão, e, muitos tem investido seu tempo e “comunhão” apenas para obter sucesso e aprovação dos homens. A verdade é que o brilho desse mundo e toda a glória que ele tem são tentações das trevas e não passam de ilusão e todo louvor e reconhecimento que vem dos homens passarão como a névoa soprada pelo vento.
  Mas se a nossa vida estiver escondida em Deus a nossa busca por felicidade e amor será cumprida e seremos bem sucedidos.Para isso é necessário tomar a mesma postura de Jesus que esvaziou-se e tomou foma de servo até que de coração possamos declarar: Senhor, não quero querer, nem quero ter; só quero ser o teu querer!

domingo, 11 de agosto de 2013

Amor de Pai...Amor do PAI!






"Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação; 2 Coríntios 1:3"

Pai de amor, como sou grato por ter-te como Pai. Como sou grato por aqui nessa terra ter um pai biológico!
Não posto nada desse tipo aqui no blog, mais hoje vendo inúmeros posts no facebook, fiquei emocionado com algumas postagens. Emoções que me fizeram refletir de maneira acentuada.
Vivemos em uma geração sem afeição ao próximo, desonrada, desrespeitosa e rebelde; o Senhor jesus nos advertiu que nos finais do tempo as coisas estariam complicadas e o que vemos hoje ao nosso redor é o cumprimento de sua palavras.
Hoje é dia dos pais, e vi amigos expressando em pequenos textos a saudade do pai que já se foi, do que não conheceu, do que está longe e percebi que tenho um tesouro dentro da minha casa, dormindo ao lado do meu quarto. Percebi que o tempo está passando e o ativismo tem roubado as oportunidades de estar junto, de conversar bobagens, de assistir tv e compartilhar a vida. Por mais que me esforce pra fazer tudo isso senti hoje que não é o bastante. Nem mesmo sei como fazer a diferença nisso tudo e peço a Deus  pra me direcionar.
Percebi que numa sociedade que mudou tanto ao longo das décadas, viver distante, ou até mesmo sem a presença do Pai se tornou algo comum, as investidas deste século contra as famílias tem criado homens e mulheres de difíceis relacionamentos. E trabalhando com o Modelo de Discipulado percebo que muitos que chegam até mim enfrentam sérios problemas com a imagem da figura paterna; e isso tem sido um reflexo traumático até mesmo nos seus relacionamentos com Deus. Percebo o quanto se relacionam de maneira distante e até mesmo se acostumam em não ter comunhão, por vezes tratam com Deus como se Ele fosse um opressor carrasco que está à espera de erro para gritar, castigar e condenar.
O nosso Pai de amor, nos trata com carinho, nos revela graça e nos abraça com misericórdia.
Nem mesmo éramos filhos, mas o seu projeto e sacrifício nos revelou um amor tão grande que a adoção nos tornou legítimos partícipes de sua gloriosa paternidade. "Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece; porque não o conhece a ele. 1 João 3:1"
Resumindo a ópera, você que tem seu pai, busque um relacionamento mais íntimo e profundo com ele; abrace, beije, aperte, fale, se cale...relacione-se, ame. Pra você que não tem mais, se alivie da culpa, do peso e caminhe em novidade de vida, busque trazer a memória os momentos que te trazem esperança. E todos nós busquemos melhorar o nosso relacionamento e comunhão com o Nosso Pai do céu.
Abraço!
Danilo Portella

sábado, 6 de julho de 2013

Quando o Mundo Cai ao Meu Redor




Por vezes trilhamos caminhos que parecem ser a pior escolha de nossas vidas. Nossas atitudes nem sempre condizem com o que realmente pensamos, sentimos ou dizemos.
Quem entre nós, nunca pensou algo de um modo e, expressou, falou ou fez de modo diferente do pensado? Quantas vezes dissemos SIM, quando na realidade queríamos dizer Não e vice-versa?
Na luta cotidiana contra as nossas vontades, creio ser bem assim como abordamos acima; regularmente agimos sem medir as consequências que nossos atos atrairão, esquecemo-nos constantemente da lei que diz: que pra toda ação, há uma reação. É a mesma lei bíblica da semeadura e colheita (“porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7b)). Quando não; pensamos estar agindo da melhor maneira possível, demostramos querer fazer algo da maneira correta, ou seja, dentro dos princípios corretos, mais nossas reais motivações obscuras estão apenas criando uma imagem distorcida do que deveria ser do jeito que “planejamos e sonhamos”. Isso se encaixa no seguinte texto bíblico: (Rm 7:19; Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.)
Dessa forma, temos caminhado no que parece ser sempre ”à contra mão”, constantemente feridos pelas circunstâncias da vida e como se não bastasse, ferimos tantos outros, com o nosso jeito egocêntrico e vaidoso de ser e viver. É claro que nem sempre... Perceba... Nem sempre o nosso desejo é o de magoar, mas a falta de domínio próprio tem nos acorrentado em hábitos que em seu conjunto tornam-se terríveis vícios que nos trazem tropeços, causando quedas devastadoras que além de desestabilizar a nossa harmonia interior e comunhão com o Eterno, tem a infeliz capacidade de abalar o mundo de quem está ao nosso redor.
Creio que a única, e, mais sensata solução, seja criar e firmar raízes em D-us e sua poderosa palavra, e, através de íntimo e sincero relacionamento com Ele, deixarmos que o próprio Senhor nos guie na pessoa do seu Santo Espírito que vai gerar em nós o precioso fruto da temperança que dá um ótimo “sabor” ao tão escasso, porém, necessário: domínio Próprio. Vivemos tempos de imediatismo e descontrole onde esperar é quase escasso e parar pra pensar parece ser desperdício de tempo e por isso temos sofrido tanto.
São em dias difíceis como esses, que podemos perceber que Quando o Mundo cai ao nosso redor não há melhor lugar pra estar, a não ser nos braços do pai de amor demonstrando total dependência do seu agir, favor e amor. É o Pai das Misericórdias que se liga a nós por seu Espírito que nos consola quando as perdas da vida causadas por atitudes desesperadas, insensatas, inseguras e impulsivas nos tiram o chão e nos fazem pensar que é o fim de tudo. A “síndrome” do: não tem mais jeito... Não há mais solução!...Essa atitude traz apenas mais desespero, quando o segredo é que deveríamos agir com total entrega, confiança ao ponto de poder esperar e descansar em D-us.
É como cantar em meio à tempestade! É ter a sensação de um filho na janela, cujo pai incita-o a pular... Se houver confiança mútua o filho pulará sem hesitar, pois sabe que seu pai irá segurá-lo custe o que custar; porém se houver medo e insegurança, a prova desse cuidado permanecerá em dúvidas e não haverá fortalecimento nos laços da relação. Com o Senhor funciona do mesmo jeito! Recordemos o episódio em que Jesus acalma a tempestade relatado em Mc 4:35-41: enquanto os ventos contrários formavam ondas gigantescas que enchiam o barquinho dos discípulos, o Mestre dormia tranquilamente na proa do barco, pois, ele sabia que sua vida estava escondida em D-us. O sono dele não era uma letargia, não era apatia ao sofrimento dos discípulos e nem descaso com sua própria vida, era lição de confiança e esperança, era a certeza de que o Guarda de Israel não dorme nem cochila. E isso se certifica quando depois que os discípulos O acordam, Ele chama a atenção à tímida fé dos seus liderados e logo após repreende os ventos e as ondas bravias do mar.
Que em meio às tempestades haja louvor em nossos lábios, e que, ondas e ventos contrários não ameacem ou abalem a nossa fé. Estejamos seguros de que se o mundo ao nosso redor estiver desmoronando, o braço forte do Eterno nos segurará com amor, afinal, Ele é o nosso refúgio e fortaleza e socorro bem presente nas angústias.

sábado, 27 de abril de 2013

E eu O Segui Até a Cruz...

                                                    



                                                 

               “E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, Maria de Cleofas, e Maria Madalena .”

                                                                (João 19:25)


   Em pelo menos três e situações o Mestre Jesus nos convocou a negarmos
o nosso Eu, tomar a cruz e depois segui-lo; Ref.: (Mt 16:24; Mc 8:34 e Lc 9:23) Fica claro que, pra ser
considerado discípulo de Cristo faz-se necessário que os que almejam segui-
lo, passem pelo processo da cruz e isso significa matar a carne juntamente
com seus desejos, e pra isso acontecer a vontade da alma, ou seja; o próprio
Eu precisa ser negado e renegado para que a vontade soberana governe de
maneira plena o nosso ser. Quero compartilhar um exemplo a ser seguido,
que não só aprendeu como viveu a negação do seu próprio Eu, além de ter
entendido a mensagem do seu mestre ao ponto de não só carregar a sua
própria cruz...mais a de seguir o Senhor até ela.

Antes de conhecer Cristo quem era essa mulher? Uma prostituta
provavelmente (não há indicações bíblicas que sustentem essa tese)! Uma
mulher rejeitada pela sociedade religiosa da época; um a mulher traumatizada
pelas dores e vergonha de seus próprios atos. Era moradora de uma cidade
que ficava ao Oeste da Galileia, chamada Magdala, dai a incorporação do
“sobrenome” Magdalena.

Com certeza uma mulher que vivia infeliz, por não parecer com as mulheres
que moravam por perto, mulheres casadas e respeitadas pela sociedade,
mulheres que podiam, entrar no Templo fazer suas orações e ouvir os
ensinamentos, além de ser possuída por vários demônios. Sim, é de Maria
Madalena que vamos falar um pouco!

Há um relato no evangelho de Lucas 8:1-3 que inicia a história de Maria
Madalena dizendo que Jesus a tinha libertado de sete demônios, a partir desse
momento começa uma caminhada de gratidão e devoção ao Senhor pelos
benefícios que Ele tinha concedido pra sua vida sem sentido.

Sua vida ganha sentido primeiramente, pelo fato de que um homem respeitado
como Jesus que era considerado Rabi (Mestre) até mesmo por alguns
príncipes Fariseus como Nicodemos e José de Arimatéia, ter dado atenção e
iniciado um diálogo com ela, o que não era comum, na verdade era proibido
pela doutrina religiosa dos fariseus daquela época tanto por ser mulher
e pior ainda por se tratar de uma provável prostituta. Jesus é assim; sem
preconceitos!...Quebrava paradigmas e dogmas que engessaram por muito
tempo a mente de um povo aprisionado pelas correntes da religiosidade falida
e contaminada pela hipocrisia; Jesus veio e espalhou amor por onde passou.

Era extremamente inclusivo e amável ! Foi assim com a samaritana no poço
de Jacó, uma adúltera que também era rejeitada por ter tido cinco maridos e
o último que estava confessara que nem seu mesmo era, foi assim com os
leprosos que eram preteridos como praga naquela época.

Foi isso que marcou a vida de Madalena, alguém que a olhava com respeito,
sem segundas intenções, um olhar que manifestava perdão; não havia
condenação naquele olhar... alguém que foi capaz de amá-la e aceitá-la
mesmo quando estava suja pela lama de seus pecados. Maria com certeza
entendeu que a libertação era um processo diário e que para isso, necessitaria
permanecer aos pés do Mestre, servindo-o em devoção e amor; por isso, o
seguiu por pouco mais de três anos, tempo em que o Senhor Jesus iniciou e
consumou seu ministério nessa terra. Depois que recuperou sua autoestima
e saúde mental ela fielmente segue sendo “ajudadora” a palavra diz servindo
com outras mulheres como Joana esposa do administrador de Herodes, e
Suzana.

Maria Madalena em dedicação ao Mestre da sua libertação O seguiu na sua
última viagem a Jerusalém e quando todos os discípulos o abandonaram no
seu martírio na cruz, Ela esteve lá em todo o tempo junto com outras mulheres
e apenas João que também tinha fugido, retornara ao Mestre no tempo da sua
dor. Ela viu seu sofrimento, sua dor, sua tristeza e pesar, para que nós e as
gerações passadas e futuras pudéssemos alcançar redenção diante de D-us,
por intermédio de seu precioso sacrifício.

Sua devoção nos ensina o zelo que devemos ter com o Corpo de Cristo, ela
observou onde José da cidade de Arimatéia e Nicodemos tinha guardado o
Corpo de Jesus, para que assim que o Shabat (sábado/descanso) terminasse
pudesse ir ao túmulo levando especiarias para ungir e conservar em bom
estado o corpo do Mestre juntamente com outras mulheres. Por isso teve a
graça e o privilégio de ser a primeira portadora da notícia da Ressurreição de
Yeshua, foi a primeira a vê-lo com o seu corpo Glorificado e também a primeira
a ter um diálogo com o Senhor ressurreto
. Que honra, que restituição essa
mulher experimentou por conta da sua fidelidade, devoção e gratidão pelo
Desejado de Todas as nações!

E nós...? Temos espalhado perfume e especiarias no Corpo de Cristo (Igreja)?
Temos demonstrado a D-us zelo por sua obra? Temos nos doado à causa do
ETERNO?

Temos a oportunidade de recebermos cura na alma; sim...cura das dores do
passado, do peso do pecado e de toda rejeição que já sofremos, o Senhor não
rejeitou Maria e não nos rejeitará! Temos a graça de sermos libertos de toda
opressão e experimentar uma nova vida em cristo se nos achegarmos a Ele!

Vinde a mim, todos vós que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.
(Mateus 11:28)

A história de Madalena é certeza de perdão, restauração, é afirmação pela fé
de uma nova vida em Cristo Jesus é o vislumbre de uma história de libertação
e restituição. É o sonho do D-us vivo se realizando em nós.

Aprendamos com Maria Madalena, a nos achegarmos ao Senhor e buscar
libertação e cura para nossas almas, da mesma forma a permanecermos
convictos do perdão do AMADO, a não se sentir julgado e condenado, a viver
plenamente a vida que Ele conquistou pra nós na cruz do calvário; aprendamos
também a permanecer aos seus pés, servindo-O em devoção, gratidão e
fidelidade. Imitemos o seu zelo em SEGUI-LO ATÉ A CRUZ... “em cuidar do
seu corpo”, em sermos portadores da noticia de sua ressurreição e vitória, isso
é o EVANGELHO DE CRISTO.

Graça e paz!

Danilo Portella